Por Nikolaj Skydsgaard
COPENHAGUE (Reuters) - Líderes dinamarqueses expressaram choque e descrença nesta quarta-feira com o cancelamento de uma visita de Estado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao país, depois de sua primeira-ministra rechaçar o interesse norte-americano em comprar a Groenlândia.
A princípio, a oferta de Trump causou incredulidade e humor nos políticos da Dinamarca, aliada dos EUA na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e o ex-premiê Lars Lokke Rasmussen disse: "Deve ser uma piada do Primeiro de Abril".
Mas o humor se transformou em choque quando Trump cancelou a visita de 2 e 3 de setembro pelo fato de a premiê dinamarquesa, Mette Frederiksen, ter classificado a proposta de compra da Groenlândia, um território dinamarquês autônomo, de "absurda".
"Caos total com @realDonaldTrump e o cancelamento da visita de Estado à Dinamarca. Foi de grande oportunidade para um diálogo fortalecido entre aliados a crise diplomática", tuitou o ex-ministro das Relações Exteriores, Kristian Jensen, membro do opositor Partido Liberal.
"Todos deveriam saber que a Groenlândia não está à venda", disse Jensen a respeito da maior ilha do mundo, que tem uma riqueza mineral considerável e a presença dos militares dos EUA na base aérea de Thule, conforme um tratado bilateral de 1951.