Por Rollo Ross
CANNES (Reuters) - Asif Kapadia, o diretor de "Amy", a cinebiografia de Amy Winehouse, exibida pela primeira vez no Festival de Cinema de Cannes, disse que não teve a intenção de provocar nenhum dano, após o pai da cantora e compositora já morta ter criticado duramente o filme.
Mitch Winehouse insistiu que ele que queria se distanciar do filme e, segundo relatos, ele pretendia entrar com uma ação judicial.
"Não era a intenção desapontar ninguém, mas apenas mostrar o que estava acontecendo na vida dela", disse Kapadia à imprensa.
"Havia um monte de turbulências, havia um monte de coisas acontecendo na vida dela, e foi por isso que as coisas aconteceram da maneira que aconteceram. É isso, realmente."
A autora de "Back to Black" e "Rehab" morreu de intoxicação por álcool, aos 27 anos, na sua casa no norte de Londres em 2011.
O produtor do filme, James Gay-Rees, também achou as críticas excessivas. "É muito duro. É a filha dele no final das contas, e é direito dele ter esses sentimentos, mas nós basicamente fomos muito objetivos com o filme", disse.
"Nós entramos com um pedaço de papel em branco, fizemos muita pesquisa por alguns anos, e isso foi o que encontramos. Nós achamos que é equilibrado."
Kapadia disse que foi apropriada a première de "Amy" em La Croisette.
"É sempre um sonho, se você faz um filme, o lugar ideal que você quer fazer a première é Cannes. É o ideal para um realizador. É onde você quer estar", disse.
"Amy" estava sendo exibido fora da mostra competitiva no sábado.