(Reuters) - O Comitê Olímpico dos Estados Unidos está prestando muita atenção à qualidade da água para velejadores e remadores nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, mas o chefe esportivo do USOC, Alan Ashley, disse que não hesitaria em colocar uma canoa nas águas poluídas.
"Eu faria isso", afirmou Ashley durante uma teleconferência nesta quinta-feira. "Eu não ficaria sentado nas arquibancadas."
Levantamento divulgado pela Associated Press, que encomendou testes de qualidade da água à Universidade de Novo Hamburgo, aponta riscos de doenças transmitidas por vírus, como problemas estomacais e respiratórios. Os testes mostraram riscos de contrair doenças durante provas na Baía de Guanabara, Lagoa Rodrigo de Freitas e na praia de Copacabana.
Em nota, o Comitê Olímpico Internacional reiterou nesta quinta-feira que a saúde dos atletas é uma prioridade e que está em conversas constantes com os organizadores para garantir a qualidade da água para as competições.
"Nós sabemos que medidas proativas estão sendo tomadas e implementadas no entorno da Baía de Guanabara pelas autoridades locais, como o fechamento de aterros, a redução da poluição industrial, o aumento do tratamento de água e a redução do lixo flutuante", disse o COI.
"Nós temos garantias da OMS (Organização Mundial da Saúde) e de outras partes de que não há risco significativo à saúde dos atletas", acrescentou.
Ashley disse que também está monitorando a situação. "Nós estamos prestando muita atenção a isso. Estamos pensando sobre isso e olhando de perto com atenção por algum tempo", disse ele.
"O bem-estar dos nossos atletas é a minha maior prioridade."
(Reportagem de Larry Fine, em Nova York)