MADRI (Reuters) - Um juiz espanhol determinou que o presidente do Barcelona, Josep Bartomeu, seu antecessor, Sandro Rosell, e o clube sejam julgados por acusação de fraude fiscal na contratação do atacante brasileiro Neymar.
O juiz José de la Mata deu aos acusados, que negam ter cometido irregularidades, prazo de 10 dias para apresentar suas defesas por escrito, de acordo com documentos judiciais divulgados nesta quarta-feira.
Bartomeu era vice-presidente de Rosell quando Neymar foi contratado do Santos, em 2013, em um acordo complexo que envolveu vários contratos com o jogador e seu pai.
No total, Bartomeu, Rosell --que renunciou ao cargo devido às denúncias-- e o clube foram acusados de fraudar 13 milhões de euros em impostos.
Promotores pediram pena de 2 anos e 3 meses de prisão para Bartomeu e de 7 anos e meio de detenção para Rosell, além do pagamentos de multas e de impostos totalizando mais de 60 milhões de euros.
A investigação foi iniciada depois que um membro do clube questionou os valores apresentados para a contratação de Neymar. O clube disse inicialmente que havia pago 57,1 milhões de euros, mas reconheceu posteriormente que o custo ficou perto dos 100 milhões de euros.
(Reportagem de Iain Rogers)