Por Michael Holden
LONDRES (Reuters) - A disputa para substituir Theresa May como primeira-ministra do Reino Unido conta com cinco candidatos rivalizando pelo cargo, cuja principal tarefa é encontrar uma maneira de liderar um país dividido para fora da União Europeia.
May anunciou a renúncia na sexta-feira, após não conseguir entregar o Brexit, aumentando a perspectiva de um novo líder que possa buscar uma ruptura mais polarizada com a União Europeia, o que pode levar a conflitos com o bloco ou uma possível eleição parlamentar.
O ministro britânico da Saúde, Matt Hancock, tornou-se o último a se juntar à disputa para substituir May, depois do ex-ministro de Relações Exteriores, Boris Johnson, o atual ministro dessa pasta, Jeremy Hunt, o secretário de Desenvolvimento Internacional, Rory Stewart, e a ex-ministra do Trabalho e Aposentadoria Esther McVey.
Imagina-se que por volta de uma dúzia de candidatos no total esteja considerando a liderança. O ministro do Comércio britânico, Liam Fox, e o ex-ministro do Brexit Steve Baker não descartaram a hipótese ao serem questionados no sábado.
Em três tentativas, May falhou ao tentar aprovar seu acordo de saída da UE no parlamento por causa de divisões profundas e de longa data no Partido Conservador em torno da União Europeia. Isso significa que a data original de saída, em 29 de março, foi estendida até 31 de outubro, na esperança de que algum acordo seja concretizado até lá.
Todos os candidatos afirmam que podem ter sucesso onde May falhou, embora a União Europeia tenha afirmado que não renegociaria o tratado firmado com May.