ROMA (Reuters) - Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu, confirmou nesta sexta-feira a formação do próximo governo da Itália e revelou um gabinete com uma mistura de tecnocratas e políticos de sua ampla coalizão.
O presidente Sergio Mattarella pediu a Draghi para ser primeiro-ministro depois que uma disputa partidária derrubou o governo anterior, concedendo a ele a tarefa de enfrentar a crise de saúde do coronavírus e o colapso econômico.
Após uma semana de consultas, quase todos os principais partidos de todo o espectro político prometeram apoio a Draghi, e figuras proeminentes desses grupos foram nomeados ministros.
Luigi Di Maio, líder do Movimento 5-Estrelas, permanecerá como ministro das Relações Exteriores, enquanto Giancarlo Giorgetti, figura importante do partido Liga, será ministro da Indústria. Andrea Orlando, do Partido Democrata, de centro-esquerda, será ministro do Trabalho.
No entanto, alguns cargos importantes foram para tecnocratas não filiados, incluindo Daniele Franco, diretor-geral do Banco da Itália, que foi nomeado ministro da Economia, e Roberto Cingolani, físico e especialista em TI, que assumiu a nova função de ministro da Transição Verde.
Há oito mulheres entre os 23 ministros.
(Reportagem de Crispian Balmer)