Por Robin Emmott e John Irish
BRUXELAS/PARIS (Reuters) - A França e Alemanha irão concordar com um plano norte-americano para que a Otan tenha papel maior na luta contra militantes islâmicos durante um encontro na quinta-feira com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas insistem que a ação é puramente simbólica, disseram quatro diplomatas seniores europeus.
A decisão de permitir que a Organização do Tratado do Atlântico Norte se junte à coalizão contra o Estado Islâmico na Síria e Iraque segue semanas de pressão sobre os dois aliados, que estão cautelosos sobre a Otan confrontar a Rússia na Síria e alienar países árabes que veem a Otan como organização que força uma agenda pró-Ocidente.
“A Otan como uma instituição irá se juntar à coalizão”, disse um diplomata sênior envolvido nas discussões. “A questão é se isto é somente um gesto simbólico para os Estados Unidos. A França e Alemanha acreditam que é.”
Todos os 28 embaixadores da Otan concordaram em Bruxelas nesta quarta-feira sobre a entrada da organização na coalizão, abrindo espaço para líderes endossarem a decisão na quinta-feira, disse um segundo diplomata.
Voando para o encontro da Otan em Bruxelas com Trump, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, disse nesta quinta-feira que será um passo importante a organização se juntar à coalizão de 68 países liderada pelos EUA.
“Eu acho que eles vão apoiar a Otan participar e se tornar um membro formal”, disse, se referindo a “alguns países que ainda estão refletindo sobre isto”, mas sem dar detalhes.
Trump havia dito querer focar em confrontar o terrorismo islâmico e, em breve encontro com o primeiro-ministro belga, se referiu a um ataque suicida reivindicado pelo Estado Islâmico que matou 22 pessoas no Reino Unido na segunda-feira.