ESTOCOLMO (Reuters) - Um editor de livros detido na China por publicar obras sobre a vida pessoal do presidente chinês, Xi Jinping, e outros líderes do Partido Comunista ganhou um prêmio de livre expressão e liberdade de imprensa de uma organização sueca de mídia.
Gui Minhai é um dentre cinco vendedores de livros de Hong Kong que desapareceram em 2015 e depois reapareceram sob custódia na China. Os outros quatro retornaram à Hong Kong.
Concedendo a ele o prêmio anual Anna Politkovskaya Memorial, a Publicistklubben disse que Gui tinha "apesar do risco pessoal... mostrado grande coragem como editor desafiando a agenda política limitada do regime chinês".
A prisão dos cinco homens suscitou preocupações de que Pequim poderia estar desgastando a fórmula "um país, dois sistemas" sob a qual Hong Kong tem sido governado como região administrativa especial desde seu retorno para o controle da China das mãos do Reino Unido em 1997.
A Publicistklubben disse que Gui, um sueco nascido na China, foi sequestrado na Tailândia enquanto estava de férias e que sua família não sabia aonde ele estava sendo mantido.
"Eu estou feliz que esse prêmio vai chamar atenção para a situação do meu pai", disse a filha sueca de Gui, Angela Gui, segundo a organização.
A China disse que seus agentes responsáveis pela aplicação da lei não fizeram nada ilegal em relação a Gui.
(Reportagem de Simon Johnson e reportagem adicional de Ben Blanchard em Pequim)