GAZA (Reuters) - Pela primeira vez em quase 80 dias, autoridades do Egito abriram a passagem de Rafah nesta terça-feira para permitir que palestinos afastados de casa pudessem voltar à Faixa de Gaza, informaram testemunhas e funcionários.
Mas o país vizinho não permitiu o tráfego em sentido contrário, deixando milhares de moradores de Gaza, alguns dos quais precisam viajar para tratamentos médicos, detidos dentro do pequeno enclave, afirmaram autoridades do local.
Desde que o Exército egípcio depôs o presidente islâmico Mohamed Mursi, em 2013, o Cairo vem mantendo Rafah, principal ponto de acesso ao território palestino administrado pelo grupo islâmico Hamas, fechado.
O Egito abriu a passagem algumas vezes para permitir viagens de passageiros com passaportes estrangeiros, assim como estudantes e pacientes.
Israel também impõe limitações severas à circulação de palestinos através de sua fronteira com Gaza.
Cairo acusou o Hamas, que segue a mesma ideologia da Irmandade Muçulmana de Mursi, de ajudar militantes no deserto do Sinai, no Egito, a executarem ataques contra forças de segurança, o que a facção nega.
(Reportagem adicional de Yousri Mohamed em Ismaília)