CAIRO (Reuters) - O Egito lançou nesta sexta-feira um grande ataque contra militantes islâmicos no país árabe mais populoso do mundo com a meta de esmagar uma insurgência antes de um prazo de três meses estipulado pelo presidente Abdel Fattah al-Sisi, que busca a reeleição.
Moradores contaram ter visto e ouvido aviões de guerra sobre a cidade de Ismailia, no Canal de Suez, que é próxima da área de operações no norte e no centro do Sinai.
Há anos as forças de segurança combatem no Sinai do Norte uma insurgência do Estado Islâmico que já matou centenas de soldados e policiais. Aproximadamente no último ano os militantes passaram a incluir civis entre seus alvos.
A operação militar pretende cobrir grandes partes da península do Sinai, além de trechos do Delta e do Deserto Ocidental, disse o porta-voz militar. A campanha envolve a Força Aérea, a Marinha e o Exército, além da polícia, disse.
"As Forças Armadas conclamam todo o povo egípcio em todas as partes do país a cooperar de perto com as forças da aplicação da lei para confrontar o terrorismo, extirpá-lo e relatar imediatamente quaisquer elementos ameaçando a segurança e a estabilidade do país", disse o porta-voz, coronel Tamer al-Rifai, em um discurso televisionado.
Na quinta-feira fontes de segurança disseram que a operação, que vinha sendo planejada há algum tempo, foi inédita em sua abrangência, coordenação e tamanho, envolvendo milhares de tropas, mas não deu maiores detalhes.