BRASÍLIA (Reuters) - O primeiro turno das eleições teve um início sem problemas significativos, na votação "mais tranquila desde a redemocratização" em 1989, disse neste domingo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli.
O tribunal registrou, no entanto, ocorrências isoladas de confusão em Santa Catarina e no Maranhão.
De acordo com o TSE, quatro urnas foram danificadas em São Luís, capital do Maranhão, na madrugada deste domingo e uma urna foi queimada em um incêndio em uma seção eleitoral.
Ao ser questionado sobre o incidente, Toffoli não deu detalhes, mas afirmou que as circunstâncias do acontecimento ainda serão investigadas.
"Nós temos algumas ocorrências na parte da atividade do poder policial, mas mesmo assim são ocorrências não muito significativas", avaliou Toffoli.
Já em Santa Catarina, uma viatura da Polícia Rodoviária Federal foi queimada, mas sem "relação com o processo eleitoral". A região conta com o reforço de 25 tropas das Forças Armadas para garantir a segurança.
Para o presidente do TSE, a viatura queimada em Santa Catarina não apresenta características de crime eleitoral.
"Não houve nenhum tipo de ato que seja um registro eleitoral em Santa Catarina", disse.
No Amazonas, três urnas tiveram dificuldade para chegar em locais remotos. Uma aeronave não conseguiu levantar voo no sábado por questões climáticas, atrasando a entrega nessas localidades.
COMPRA DE VOTOS
Para Toffoli, todas as dificuldades registradas até o momento são "pontuais" e o que mais preocupa no momento é a compra de votos.
De acordo com o balanço mais recente divulgado pelo TSE, três candidatos e 11 apoiadores foram presos em flagrante comprando votos.
Ao todo, 248 pessoas, entre elas 22 candidatos, foram presas sob acusações de crime eleitoral, prática que inclui, por exemplo, propaganda boca de urna, fornecimento ilegal de alimentos e transporte ilegal de eleitores.
Toffoli disse ainda que as grandes filas que se formaram em algumas seções ao redor do país, em parte por problemas na identificação biométrica dos eleitores, não devem atrasar a apuração dos votos, mas evitou fazer projeções de horário.
"Penso que não haverá atrasos. Tudo está dentro da normalidade", explicou.
(Por Nestor Rabello)