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Em carta à ONU, Iêmen pede intervenção militar terrestre para salvar país

Publicado 06.05.2015, 20:24
Atualizado 06.05.2015, 20:32
© Reuters. Combatentes de um grupo de resistência popular contra houthis são vistos em Taiz, no sudoeste do Iêmen

Por Michelle Nichols

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O Iêmen pediu à comunidade internacional que "rapidamente intervenha com forças terrestres para salvar" o país, especificamente nas cidades de Áden e Taiz, de acordo com uma carta enviada ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira.

Vista pela Reuters, a carta do embaixador do Iêmen na ONU, Khaled Alyeman, pode fornecer uma cobertura legal para tal medida.

A coalizão liderada pela Arábia Saudita lançou ataques aéreos contra rebeldes houthis um dia após o Iêmen ter notificado o Conselho de Segurança, composto de 15 países membros, em 24 de março, de que havia requisitado ajuda militar dos Estados do Golfo.

© Reuters. Combatentes de um grupo de resistência popular contra houthis são vistos em Taiz, no sudoeste do Iêmen

A milícia houthi travou combates para entrar no distrito de Twahi, em Áden, nesta quarta-feira, apesar de ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita, fortalecendo sua força na cidade cujo destino é visto como crucial para decidir a guerra civil no país.

A carta também pediu para que grupos de direitos humanos documentassem "violações bárbaras contra uma população indefesa", acusando os houthis de matar civis e bloquear a entrada de equipes médicas.

Os combates pelo Iêmen mataram 120 pessoas nesta quarta-feira, principalmente civis, incluindo pelo menos 40 pessoas que tentavam fugir da cidade portuária de Áden, no sul do país, com um barco, o qual foi atingido por artilharia houthi, disseram testemunhas e trabalhadores de resgate.

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