LISBOA (Reuters) - Os motoristas de caminhões-tanque de Portugal atualmente em greve disseram nesta quarta-feira que estão dispostos a conversar com seus empregadores, o que pareceu o primeiro gesto conciliador em uma paralisação industrial que causou racionamento de combustível durante a movimentada temporada turística.
Os caminhoneiros começaram uma greve por tempo indeterminado na segunda-feira, a segunda do ano –em abril a categoria realizou uma ação semelhante e igualmente prejudicial exigindo salários e condições de trabalho melhores.
Cerca de um terço dos postos continuava ou totalmente sem combustível ou parcialmente seco nesta quarta-feira, assim como no dia anterior. O governo ordenou que os caminhoneiros voltassem a trabalhar na noite de segunda-feira depois que os suprimentos acabaram em alguns locais, incluindo o aeroporto de Lisboa.
Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, que convocou a greve, disse aos jornalistas que está disposto a negociar com a entidade patronal Antram na quinta-feira, um feriado nacional.
"Estarei lá amanhã para conversar com o doutor André Almeida (da Antram) para que possamos nos sentar à mesa e encontrar uma proposta que satisfaça as duas partes para encerrar este assunto", disse Pardal Henriques.
"Se não pudermos encontrar uma solução para o problema, a tendência é ele se agravar e o caos aumentar."
A Antram não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
A greve mais recente foi adiante depois que conversas de última hora fracassaram no sábado.
(Por Catarina Demony)