Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não pediu para se encontrar com o papa Francisco durante visita à Itália no mês que vem para a reunião de cúpula do Grupo dos Sete, disseram fontes nesta terça-feira, no que seria uma omissão altamente incomum.
Trump, a quem o papa Francisco sugeriu "não ser cristão” caso quisesse erguer um muro na fronteira com o México, visitará a Sicília de 26 a 27 de maio para um encontro dos líderes dos sete países mais ricos do mundo.
Os dois homens possuem posições diametralmente opostas sobre imigração, refugiados, mudanças climáticas e capitalismo desenfreado. Trump disse que as críticas do papa sobre seu plano de erguer um muro eram “vergonhosas”.
Presidentes norte-americanos no passado, em viagens a Itália ou Europa, fizeram escalas no Vaticano para se encontrar com o chefe da maior igreja cristã do mundo. Somente um deles, John Kennedy, era católico romano.
O presidente George W. Bush se encontrou seis vezes com um papa, sendo três com o papa João Paulo 2º e três com o papa Bento 16.
“A situação pode mudar, mas há somente seis semanas restantes e parece pouco provável neste momento”, disse um diplomata, que falou em condição de anonimato.
Uma fonte diplomática sênior do Vaticano confirmou que a Casa Branca não fez até qualquer movimento de aproximação da Santa Sé sobre um possível encontro, que seria o primeiro entre os dois.