Por Sarah N. Lynch
WASHINGTON (Reuters) - O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse neste domingo que Washington irá aceitar a retirada de sanções contra a Coreia do Norte se o país concordar em desmantelar completamente seu programa de armas nucleares, um movimento que poderia criar uma prosperidade econômica que "irá rivalizar" com a Coreia do Sul.
Ao falar em diversos programas de televisão neste domingo, Pompeo disse que os EUA não querem investir dinheiro do contribuinte no país, mas querem levantar as sanções para abrir caminho para investimentos privados norte-americanos nos setores de energia, agricultura e infraestrutura da Coreia do Norte.
Os comentários de Pompeo acontecem antes de uma planejada reunião em Cingapura entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un e o presidente dos EUA, Donald Tump, em 12 de junho. Será o primeiro encontro entre um presidente dos EUA e um líder da Coreia do Norte.
"O que Kim terá da América é o nosso melhor-- nossos empreendedores, nossos tomadores de risco, nossos providenciadores de capital... eles terão capital privado que vai entrar. A Coreia do Norte precisa desesperadamente de energia...para sua população. Eles precisam muito de equipamentos agrícolas e tecnologia", disse ele à CBS.
"Nós podemos criar condições para uma prosperidade econômica real à população da Coreia do Norte que vai rivalizar com a do Sul", adicionou.
A mídia estatal da Coreia do Norte publicou durante o final de semana que o país agendou o desmantelamento do local que abriga sua bomba nuclear para ocorrer mais tarde em maio.
Pompeo elogiou a notícia desses planos.
"Cada simples local que a Coreia do Norte tenha e que possa gerar risco para as pessoas na América e que seja destruído, eliminado e desmantelado é uma boa notícia para os norte-americanos e para o mundo". disse Pompeo à Fox News.
Ele adicionou ainda que "a perspectiva da Coreia do Norte é se tornar um país normal e interagir com o resto do mundo, como a Coreia do Sul faz".