Empresas como concessionárias, indústrias e companhias de serviços financeiros estão se preparando para possíveis repercussões de ataques cibernéticos contra a Ucrânia, enquanto autoridades dos Estados Unidos alertam sobre ofensivas ligadas à Rússia que podem se espalhar pelo mundo.
Muitos setores examinam seus laços com os ucranianos, bem como fornecedores com presença no país, e reforçam sistemas de computador contra campanhas digitais que podem acompanhar um avanço militar russo no país.
Hackers nas últimas semanas desfiguraram dezenas de sites do governo ucraniano e desativaram as redes de pelo menos duas de suas agências usando um malware destrutivo conhecido como WhisperGate.
O pior cenário possível, alertam especialistas em segurança cibernética, seria a escalada de violações que imitariam o ataque conhecido como NotPetya, que em 2017 a atingiu uma empresa de contabilidade ucraniana e permitiu que hackers invadissem outras redes corporativas, causando danos globais estimados em US$ 10 bilhões.
Os ataques cibernéticos são centrais para a guerra moderna e podem se espalhar rapidamente em uma economia global dependente de cadeias de suprimentos de tecnologia fortemente conectadas. O resultado é que o raio de explosão digital para potenciais vítimas está aumentando, explicou Scott Algeier, diretor executivo do Centro de Análise e Compartilhamento de Informações de Tecnologia da Informação.
Algeier, cuja organização sem fins lucrativos informa às empresas de TI sobre ameaças à segurança, disse que está se comunicando regularmente com seus membros sobre a Ucrânia.
"Precisamos nos preparar para a possibilidade real de que as técnicas usadas contra a Ucrânia sejam usadas contra os EUA e outros", disse Algeier.