CARACAS (Reuters) - Venezuelanos em Caracas acordaram nesta terça-feira com suas luzes ligadas de volta após o pior apagão desde março derrubar a energia em metade do país no dia anterior, embora o serviço continuasse indisponível em outros Estados e cidades.
A elétrica estatal Corpoelec, em um comunicado mais cedo nesta terça-feira, disse que os Estados estavam recobrando o serviço e a energia havia voltado totalmente a Caracas. O apagão de terça-feira deixou mais da metade dos 23 Estados venezuelanos no escuro.
Testemunhas da Reuters nos Estados centrais de Carabobo e Arágua, junto de Lara, no oeste, disseram que ainda não havia energia, impedindo que moradores tivessem acesso a água ou serviços de telefonia.
Em algumas áreas, a escassez de gás de cozinha significava que o único modo de cozinhar era utilizando lenha.
O governo do presidente Nicolás Maduro disse a venezuelanos para não irem ao trabalho ou à escola nesta terça-feira para "ajudar o processo de reconexão".
O ministro da Informação, Jorge Rodríguez, disse que o apagão de segunda-feira foi causado por um "ataque eletromagnético", sem dar evidências, e repetindo alegações similares feitas pelo governo durante apagões mais cedo neste ano.
A oposição, junto com especialistas em energia, por sua vez, notam que a rede elétrica nacional da Venezuela caiu em más condições após anos de investimentos e manutenção inadequadas sob o governo socialista de Maduro.
(Por Vivian Sequera em Caracas, Tibisay Romero emValencia, Maria Ramírez em Puerto Órdaz, Mircely Guanipa emMaracay, Keren Torres em Barquisimeto)