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Enquanto Dalai Lama completa 89 anos, tibetanos exilados temem um futuro sem ele

Publicado 06.07.2024, 13:48
Atualizado 06.07.2024, 13:50

Por Charlotte Greenfield e Sunil Kataria

DHARAMSALA, ÍNDIA (Reuters) - Em um monastério sob montanhas cobertas de neve no norte da Índia, o monge budista encarregado de proteger o Dalai Lama e prever o futuro do seu povo está preocupado.

O Dalai Lama completa 89 anos neste sábado, e a China insiste que escolherá seu sucessor como principal líder espiritual do Tibete. Isso deixa o médium do Oráculo Chefe do Estado do Tibete contemplando o que pode vir pela frente.

“Sua Santidade é o 14º Dalai Lama, então haverá um 15º, um 16º, um 17º ”, disse o médium, conhecido como Nechung. “Em países, os líderes mudam e aquela história termina. Mas no Tibete, funciona de maneira diferente”.

Budistas tibetanos acreditam que monásticos eruditos reencarnam após a morte como recém-nascidos. O Dalai Lama, atualmente se recuperando de um procedimento médico nos Estados Unidos, disse que esclarecerá questões sobre sucessão - incluindo se e onde será reencarnado - perto de seu 90º aniversário. Como parte de um processo de identificação de reencarnação, o médium entrará em transe para consultar o oráculo.

O atual Dalai Lama é uma figura carismática que popularizou o budismo internacionalmente e venceu o Prêmio Nobel da Paz em 1989 por manter a causa tibetana viva em exílio. Pequim o considera um separatista perigoso, embora ele tenha adotado o que chama de “Caminho do Meio”, buscando autonomia genuína pacificamente e liberdade religiosa dentro da China.

Qualquer sucessor será inexperiente e desconhecido no cenário global. Isso gerou preocupações sobre se o movimento perderá ímpeto ou ficará mais radical, em meio a tensões cada vez maiores entre Pequim e Washington, há muito tempo uma fonte de apoio bipartidário para a Administração Central Tibetana, o governo em exílio do Tibete.

O presidente norte-americano, Joe Biden, deve em breve sancionar um projeto de lei que exige que o Departamento de Estado combata o que chama de “desinformação” chinesa de que o Tibete, anexado pela República Popular da China em 1951, foi parte da China desde tempos antigos.

O ministério das Relações Exteriores da China disse, em resposta a perguntas da Reuters, que estaria aberto a discussões com o Dalai Lama sobre seu “futuro pessoal” se ele “realmente abrir mão de sua posição de dividir a pátria” e reconhecer o Tibete como parte inalienável da China.

Pequim, que não mantém conversas oficiais com representantes do Dalai Lama desde 2010, também pediu que Biden não sancione o projeto de lei.

(Reportagem de Charlotte Greenfield e Sunil Kataria em Dharamsala; Reportagem adicional de Krishn Kaushik e Tanvi Mehta em Nova Deli e Liz Lee em Pequim)

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