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Entrada de imigrantes na UE diminuiu, mas é preciso fortalecer fronteiras, diz agência

Publicado 20.02.2019, 16:03
© Reuters. .

Por Clare Roth

BRUXELAS (Reuters) - O número de imigrantes ilegais que entraram na União Europeia diminuiu acentuadamente pelo terceiro ano seguido em 2018, mas continua alto, e controles de fronteira são necessários, disse nesta quarta-feira o chefe da Frontex, a agência de controle fronteiriço da UE.

Fabrice Leggeri afirmou que, apesar da redução de 204.750 chegadas em 2017 para 150.114 no ano passado, a agência continua fortalecendo suas medidas de controle de fronteira com mais pessoal e tecnologia.

"Não existe uma crise premente com o cruzamento irregular nas fronteiras externas", disse Leggeri em uma coletiva à imprensa.

Mas ele acrescentou que "todos os cidadãos da UE precisam ser verificados quando voltam para casa ou deixam a UE", argumentando que a segurança nos aeroportos, por exemplo, é tão importante quanto a das fronteiras externas.

A chegada de grandes quantidades de postulantes a asilo à Europa nos últimos anos criou uma crise humanitária. Milhares morrem todos os anos no mar se arriscando na travessia em barcos superlotados, e uma crise política causada pela ascensão de partidos de extrema-direita anti-imigração varre o continente.

O número de imigrantes ilegais repatriados da UE pela Frontex se aproximou de 13.700 em 2018 – em 2017 foram 14.200.

No meio da crise imigratória de 2015, a agência só devolveu cerca de 3.600 imigrantes para seus países de origem. As repatriações facilitadas por nações da UE também aumentou em 5 por cento.

Leggeri disse que a Frontex e países-membros recusaram a entrada de 191 mil pessoas ao bloco no ano passado, mais que as 183 mil de 2017.

© Reuters. .

A quantidade de pessoas cruzando a parte central do Mar Mediterrâneo atingiu seu menor índice desde 2012 devido ao perigo de tais travessias. Imigrantes e postulantes a asilo estão preferindo viajar ao longo de rotas do leste e do oeste do Mediterrâneo, disse Leggeri.

A rota do oeste do Mediterrâneo foi a mais ativa de 2018, substituindo as rotas do centro e do leste.

A maioria dos refugiados seguiu a rota do Mediterrâneo que leva à Grécia durante a crise imigratória de 2015, quando quase um milhão de pessoas cruzaram da Turquia para ilhas gregas – mas essa rota foi praticamente fechada depois que a UE e Ancara acertaram um acordo para deter o fluxo em março de 2016.

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