Por Piya Sinha-Roy
LOS ANGELES (Reuters) - Há mais em Sean Penn do que uma voz rouca e um olhar intenso. Ele também pode soltar uma boa gargalhada ao se imaginar como um super-herói.
No elenco do suspense "O Franco-Atirador", que estreia nos cinemas dos Estados Unidos em 20 de março, o ator e ativista de 54 anos conversou com a Reuters sobre o que o motiva tanto no cinema como nas causas que abraça.
P: O que o atraiu para essa história e o personagem de Jim?
R: A história me cativou de um jeito que muitos filmes de ação não tinham me cativado, porque as consequências da violência estavam sempre presentes, e ainda assim isso não pareceu exercer um peso excessivo sobre a energia do filme.
P: O quão importante foi ter a República Democrática do Congo como cenário?
R: O que foi importante foi que no epicentro daquele ímpeto narrativo havia uma história de uma sofrida intervenção, fosse uma intervenção política ou intervenção corporativa. E, certamente, a RDC observou as duas, e continua a observar.
Também existiram alguns paralelos com a vida real, relacionados aos interesses de mineradoras, o que ocorre ali. Isso fez da história uma escolha apropriada.
P: Ser um ator tem tornado difícil para que sua voz seja ouvida em seu trabalho como ativista?
R: Eu descobri ser mais difícil e mais fácil. As críticas vão surgir mais rapidamente, assim como a reverência. Geralmente, ambas são imprecisas, mas, você sabe, eu acho que abordo o trabalho – seja um trabalho criativo ou não, qualquer trabalho que eu faça – muito como um serviço prestado... é uma questão de análise clínica em ambos os casos.
P: Quais papéis você acha atrativos para o futuro? Alguma franquia de super-herói em seu futuro?
R: Você me pergunta com uma câmera na minha cara e nesse momento da minha vida se eu seria um super-herói? (Risadas) Talvez, se houver algum bastante engraçado.
P: Há sempre um vilão.
R: Não sei o que eu estaria interessado em fazer depois. Há alguns bons filmes feitos sobre esse tipo de coisa (super-heróis), até mesmo alguns sendo feitos por ano. Mas eu gostaria de ver essa indústria não ser tragada por filmes de super-heróis. 2015-03-11T235158Z_1006900001_LYNXMPEB2A17N_RTROPTP_1_CULTURA-GENTE-PENN-ENTREVISTA.JPG