Por Dave Sherwood
HAVANA (Reuters) - O enviado papal e cardeal Benjamin Stella disse em Havana nesta quarta-feira que uma possível anistia para prisioneiros detidos em Cuba após protestos antigovernamentais em julho de 2021 estava "na mesa", mas a resposta não dependia do Igreja Católica Romana.
Stella, que chegou para uma longa visita à ilha caribenha comunista no final de janeiro, disse a repórteres que o Vaticano havia levantado o tema de uma potencial anistia para prisioneiros em diversas ocasiões.
"Obviamente, este tem sido um tema de nossas conversas", disse Stella após um discurso na Universidade de Havana, em Cuba. "O tema está sobre a mesa, mas a resposta não depende do cardeal Stella."
Os comentários ocorrem em meio a duras críticas de grupos de direitos humanos, dos Estados Unidos e da União Europeia a Cuba após a prisão de centenas de manifestantes após os distúrbios de 11 de julho de 2021, os mais expressivos desde a revolução de 1959, comandada pelo ex-líder cubano Fidel Castro.
"Peço muito ... que haja uma resposta positiva (para) anistia, clemência, seja lá o que for chamado. As palavras são secundárias, mas é importante que os jovens que uma vez expressaram seus pensamentos... possam voltar para suas casas", disse Stella.
O governo cubano não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Stella.
(Reportagem de Dave Sherwood)