Por Yuri Garcia
GUAYAQUIL, Equador (Reuters) - As Forças Armadas do Equador disseram que dezenas de embarcações de uma frota pesqueira predominantemente chinesa perto das Ilhas Galápagos desligou sistemas de rastreamento para evitar o monitoramento de suas atividades.
Dos cerca de 325 navios ainda pescando nas águas próximas do arquipélago ecologicamente sensível, 149 interromperam as comunicações em algum momento nos últimos meses, disse o comandante da Marinha, contra-almirante Darwin Jarrín, a repórteres, na terça-feira.
Alguns também mudaram de nome para evitar a supervisão, disse.
"Neste período, 149 navios desligaram seus sistemas de satélites... sabemos os nomes dos navios", disse Jarrín durante uma coletiva de imprensa, sem querer identificar as embarcações.
A queixa surge no momento em que a nação sul-americana está tentando impedir a pesca predatória em seu litoral, ao mesmo tempo em que evita um confronto com a China, sua maior financiadora e um grande mercado para seu negócio de exportação de camarão.
Um representante da embaixada chinesa não quis comentar.
O Equador diz que a frota não entrou em suas águas territoriais, mas ambientalistas dizem que este tipo de pesca permite às embarcações explorar a vida marítima abundante que viaja nas águas entre Galápagos e o território continental.
"É uma violação (de protocolo) em mar aberto, porque eles não querem que saibamos o que estão fazendo e as atividades que realizam", disse o ministro da Defesa, Oswaldo Jarrín.