ESTOCOLMO (Reuters) - O Equador negou nesta segunda-feira ter pedido que a Suécia conceda asilo a Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, como condição para permitir que promotores suecos o interroguem na embaixada de Londres.
"Em nenhum momento a República do Equador pediu ao reino da Suécia para conceder asilo ao senhor Assange", declarou a representação em um comunicado.
A Suécia afirma que o interrogatório foi adiado indefinidamente, já que o asilo foi uma das exigências do Equador para o encontro, acrescentando que tal demanda seria "contra a lei internacional".
"Foi assim que o interpretamos – precisamos reconhecer a condição de asilo que lhe deram", disse Cecilia Riddselius, autoridade do primeiro escalão do Departamento de Justiça sueco. "Parece que temos opiniões diferentes."
Assange se refugiou na embaixada equatoriana em junho de 2012 para evitar uma extradição para a Suécia, onde é procurado para prestar contas de alegações de abusos sexual e estupro de duas mulheres em 2010. Ele nega as acusações.
Assange teme que a Suécia o extradite aos Estados Unidos, onde pode ser levado a julgamento por causa da publicação de documentos militares e diplomáticos sigilosos no WikiLeaks cinco anos atrás, um dos maiores vazamentos de informação da história norte-americana.