Equipe de premiê britânica rejeita ideia de atraso e diz que votação do Brexit irá avançar

Publicado 06.12.2018, 18:52
Atualizado 06.12.2018, 18:55
© Reuters. Theresa May em Londres

Por Kylie MacLellan e Elizabeth Piper

LONDRES (Reuters) - A votação no Parlamento britânico do acordo da primeira-ministra britânica, Theresa May, para o Brexit irá acontecer no dia 11 de dezembro, afirmou seu gabinete nesta quinta-feira, rejeitando sugestões de parlamentares de que ela deveria buscar maneiras para evitar uma derrota tão grande que poderia até derrubar seu governo.

May tem buscar garantir a vitória na votação apesar das críticas sobre seu acordo, que manteria laços econômicos próximos com a União Europeia quando o Reino Unido deixar o bloco em março, mas seu alerta de que as possibilidades no momento são seu acordo, nenhum acordo ou então o Brexit não acontecer não teve efeito até agora.

Com o Parlamento no meio de um debate de cinco dias sobre o acordo do Brexit antes da votação de terça-feira, que definirá a saída do Reino Unido da UE e que pode determinar o futuro de May como líder, ela parece estar a caminho de uma derrota.

Um fracasso poderia abrir caminho para uma série de consequências diferentes para a saída do Reino Unido da UE, a maior mudança do país nas políticas externa e comercial em mais de 40 anos. Entre as possibilidades estão a saída sem nenhum acordo com o bloco ou a realização de um segundo referendo sobre o Brexit.

O jornal The Times noticiou que ministros estariam exigindo que May atrasasse a votação por medo de uma derrota folgada e vários parlamentares disseram suspeitar que o governo possa tentar algo para adiar o que poderia ser um fracasso que mudaria a história do processo.

"A votação acontecerá na terça-feira, como planejado", disse a porta-voz de May. A líder da Câmara dos Comuns, Andrea Leadsom, também disse ao Parlamento que a votação segue marcada para o dia 11.

Graham Brady, presidente do chamado comitê 1922, que representa os parlamentares conservadores, disse que receberia bem o adiamento da votação para que May providencie esclarecimentos sobre uma das partes mais polêmicas de seu plano: a fronteira terrestre da Irlanda do Norte.

Mas qualquer tipo de atraso irritaria os parlamentares. Tanto os adversários quanto os aliados passaram dias criticando o acordo, especialmente a questão da fronteira, com a intenção de garantir que não haveria o retorno de uma fronteira dura entre a Irlanda do Norte, que integra o Reino Unido, e a Irlanda, que faz parte da União Europeia.

© Reuters. Theresa May em Londres

Apoiadores do Brexit e aliados de May no Partido Unionista Democrárico da Irlanda do Norte dizem que a questão poderia forçar o Reino Unido a aceitar regulações da UE indefinidamente, ou fazer com que a Irlanda do Norte receba um tratamento distinto do resto do Reino Unido.

Apoiadores da União Europeia dizem que os britânicos se tornariam pouco mais do que cumpridores de regras na questão, recebendo o pior dos dois mundos.

Muitos deles também querem ver o governo ser derrotado na próxima terça-feira.

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