Por Emma Rumney
BEIRA, Moçambique (Reuters) - Equipes de auxílio humanitário correram nesta quarta-feira para salvar pessoas presas devido a enchentes nos arredores da cidade portuária de Beira, em Moçambique, depois que um forte ciclone deixou centenas de mortos e um rastro de destruição por faixas do sudeste africano.
Quase uma semana após a chegada da tempestade, alguns sobreviventes ainda estavam presos em cima de árvores ou telhados esperando equipes de resgate. Estradas ao redor de Beira estavam alagadas e estava chovendo fortemente nesta quarta-feira, dificultando os esforços de resgate e fazendo com que o auxílio precise ser levado por aviões ou helicópteros.
O ciclone Idai atingiu Beira com ventos de até 170 km/h na quinta-feira passada e depois rumou para o continente na direção do Zimbábue e de Malaui, derrubando casas e ameaçando as vidas de milhões.
Ao menos 200 pessoas morreram em Moçambique e 98 no Zimbábue, mas o número de mortes deve aumentar uma vez que equipes de resgate ainda estão encontrando corpos.
Dois rios, incluindo o Buzi, transbordaram depois que a tempestade atingiu o Zimbábue e Malaui no fim de semana, enviando enxurradas de água a Moçambique e criando uma "segunda emergência".
Agências de auxílio, antes lidando principalmente com danos a propriedades e infraestruturas causados pelo ciclone, mudaram de foco, enfrentando algo muito mais sério.
"A inundação é completamente diferente, no sentido de que é agora uma questão de vida ou morte", disse Caroline Haga, da Federação Internacional da Cruz Vermelha.
Nesta quarta-feira, funcionários de resgate jogaram biscoitos de alto nível energético, tabletes de purificação de água e outros suprimentos para pessoas rodeadas de nada além de água e lama, acrescentou.