Por Chris Michaud
NOVA YORK (Reuters) - Uma escultura de Rodin estabeleceu um novo recorde na casa de leilão Sotheby's na segunda-feira, quando foi vendida por 20,4 milhões de dólares, mas o preço exorbitante não deve tranquilizar um mercado de arte que muitos temem estar enfraquecendo depois de anos de valores em ascensão.
A venda de arte impressionista e moderna da Sotheby's rendeu um total de 144,4 milhões de dólares, cifra abaixo da estimativa pré-leilão de 165 milhões de dólares para os 62 lotes oferecidos. Um terço das obras não foi vendido.
Apesar de alguns itens importantes que foram bastante disputados, a venda foi marcada pela taxa relativamente alta de obras sem compradores e pelos preços um tanto modestos das que encontraram interessados.
A escultura de mármore "Primavera Eterna", de Rodin, foi vendida por muito mais do que a estimativa de 8 a 12 milhões de dólares, e bateu o recorde de preço de peças do artista francês, até então pouco abaixo dos 20 milhões de dólares.
Em um momento de competição intensa e global, a Sotheby's apontou a escultura como emblemática do tipo de obra de qualidade e nova no mercado que as casas de leilão precisam oferecer a partir de agora para obter preços altos e estimular disputas entre compradores em potencial.
Executivos usaram palavras como 'sensato', 'bem calculado' e 'seletivo' para descrever tanto os resultados da venda quanto o mercado atual.
Depois de anos de preços em disparada, tanto a Sotheby's quanto a rival Christie's vêm arrecadando valores significativamente menores nas vendas da primavera do Hemisfério Norte, sem obras que sejam estimadas para muito além dos 40 milhões de dólares –em temporadas recentes várias peças romperam a marca dos 100 milhões de dólares. OLBRENT Reuters Brazil Online Report Entertainment News 20160510T153648+0000