Por Marja Novak
LIUBLIANA (Reuters) - O Parlamento da Eslovênia deve aprovar nesta terça-feira mudanças na legislação para autorizar o Exército a ajudar a polícia a proteger as fronteiras, à medida que milhares de imigrantes ingressaram no país depois que Croácia e Hungria fecharam suas próprias fronteiras.
O governo propôs alterações na Lei de Defesa durante a madrugada, após 8 mil imigrantes entrarem em território esloveno na segunda-feira. Apenas 2 mil deles seguiram para a Áustria.
"Não se trata de impor uma condição extraordinária, trata-se de reforçar o controle na fronteira", disse o primeiro-ministro Miro Cerar à Rádio Eslovênia.
O governo não deu detalhes sobre as mudanças propostas na legislação, mas emitiu um comunicado destacando a falta de capacidade da Eslovênia para lidar com o fluxo de imigrantes e pedindo a ajuda de outros países-membros da União Europeia.
"A Eslovênia é o menor país na rota de imigração dos Bálcãs e, portanto, tem limitadas possibilidades de controle das fronteiras e acomodação de imigrantes", disse o governo. A Eslovênia, com dois milhões de habitantes, faz fronteira com Croácia, Hungria, Áustria e Itália.
(Reportagem de Marja Novak)