MADRI (Reuters) - Um marroquino preso na Espanha esta semana é acusado de coordenar uma rede de apoiadores do Estado Islâmico em cidades marroquinas que disseminam a mensagem do grupo e recrutam militantes para combater no Iraque e na Síria, de acordo com um documento judicial divulgado nesta quinta-feira.
Abdeladim Achriaa foi detido na terça-feira em uma pequena cidade perto de Madri como parte de uma operação conjunta das polícias marroquina e espanhola contra supostos simpatizantes do Estado Islâmico. Treze outras pessoas foram presas no Marrocos.
As prisões ocorreram dias depois que um marroquino de 26 anos fortemente armado foi acusado de atacar passageiros em um trem na França. O suspeito costumava morar na Espanha. Uma fonte no Ministério do Interior espanhol disse não haver ligação entre esse caso e as prisões mais recentes.
Achriaa, que possui permissão para morar na Espanha, compareceu diante do juiz Juan Pablo Gonzalez, na Alta Corte da Espanha, nesta quinta-feira. Alegando um alto risco de fuga do país, Gonzalez negou fiança a Achriaa e ordenou que ele seja mantido preso sob a acusação de terrorismo enquanto são conduzidas investigações.
O marroquino, que entre seus perfis no Facebook possuía um com o nome "salami Jihadi", é acusado de "coordenar os membros de uma afiliada sírio-iraquiana do Estado Islâmico mobilizada em diversas cidades do Marrocos", disse o documento da corte.