MADRI (Reuters) - A Espanha agiu nesta quarta-feira para bloquear políticos pró-independência na Catalunha de votar no ex-líder Carles Puigdemont, que está agora na Alemanha, como o seu chefe regional com um prazo iminente para formar um governo e evitar novas eleições.
Madri disse que apelou contra uma nova lei catalã que permitira que Puigdemont fosse eleito à distância enquanto espera em Berlim para a corte alemã decidir sobre o pedido espanhol para extraditá-lo.
"Estamos apelando (perante a Corte Constitucional)... contra a lei que visa dar posse a alguém que fugiu da Justiça e está vivendo no exterior", disse o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, a repórteres na câmara baixa do Parlamento em Madri.
A Corte Constitucional mais tarde acatou o apelo, o que significa que a lei será bloqueada até que a corte tome uma decisão final, o que pode levar meses.
Os parlamentares catalães precisam escolher um líder para formar um governo até 22 de maio para evitar novas eleições e apontar uma saída para a disputa de sete meses que deu à Espanha, quarta maior economia da zona do euro, sua maior instabilidade política em anos.
Um porta-voz do partido de Puigdemont no Parlamento em Madri minimizou as chances de novas eleições, afirmando que dois grande partidos pró-independência concordariam com um candidato alternativo.
(Por Isla Binnie; Reportagem adicional por Paul Day e Jesús Aguado)