BARCELONA (Reuters) - A comissão eleitoral da Espanha proibiu o ex-líder da Catalunha Carles Puigdemont de a eleição para o Parlamento Europeu, em maio, afirmou o político nesta segunda-feira, um dia depois de uma eleição geral no país em que o separatismo da região foi um assunto central.
Puigdemont fugiu da Espanha em 2017, depois de Madri ter imposto o poder central sobre a rica região no nordeste do país, que havia declarado independência de modo unilateral. Ele hoje vive na Bélgica.
Puigdemont e dois outros candidatos exilados de seu partido Junts per Catalunya disseram em um comunicado que a comissão acatou um recurso contra a candidatura deles protocolado pelo conservador Partido Popular e pelo Ciudadanos, de centro-direita.
Não houve comentários imediatos da comissão eleitoral.
O jornal El País, porém, citou a decisão do órgão, segundo a qual o partido catalão teria até o fim desta segunda-feira para mudar os nomes de sua chapa.
A medida contra os candidatos catalães foi baseada no fato de que eles não estão registrados como cidadãos espanhóis que vivem fora do país, segundo o El País.
Puigdemont, Clara Ponsati e Toni Comin chamaram a decisão de “flagrante violação” de seus direitos e “prova do conluio entre o Judiciário, que deveria ser independente, e certos interesses políticos".
Eles prometeram adotar medidas judiciais na Espanha e na Europa.