Por Belén Carreño e Emma Pinedo
MADRI (Reuters) - O líder socialista espanhol, Pedro Sánchez, garantiu apoio do Parlamento com uma pequena maioria nesta terça-feira para formar um governo de coalizão, encerrando um longo impasse político.
Após quase um ano de governos interinos, Sánchez conquistou a maioria simples de que precisava --mais votos "sim" que "não"-- por apenas dois votos de diferença, com o apoio de parlamentares de partidos regionais menores.
Ele e o aliado da coalizão, Pablo Iglesias, chefe do partido de esquerda Unidas Podemos, disseram que vão pressionar por aumentos de impostos de empresas e trabalhadores de alta renda, além de reverter as reformas trabalhistas aprovadas por um governo conservador anterior.
Entretanto, sem sólida maioria no Parlamento, a coalizão pode enfrentar dificuldades para aprovar a legislação e vai precisar negociar caso a caso com outros partidos.
"Acredito que possamos superar a atmosfera de irritação e tensão e que possamos recuperar um espaço para consenso e acordo", afirmou Sánchez ao Parlamento antes da votação.
Sánchez conquistou o apoio de 167 dos 350 parlamentares do Congresso, em uma votação com 18 abstenções e 165 votos contra.
A ascensão de novos partidos na Espanha ao longo dos últimos cinco anos pôs um fim a décadas de políticas dominadas pelos socialistas e pelo Partido Popular, dificultando o processo de formação de governo e manutenção do poder.
Juntos, o Partido Socialista e o Podemos têm 155 assentos no altamente fragmentado Parlamento de 350 cadeiras.