MADRI (Reuters) - A polícia da Espanha prendeu um homem por vender camisetas mostrando um ativista humanitário prestes a ser executado por militantes do Estado Islâmico, além de uma série de peças de roupa com slogans do grupo radical, informou o governo nesta quarta-feira.
O homem, um cidadão espanhol cujo nome não foi divulgado, foi detido durante uma operação policial na noite de terça-feira em Narón, cidade no noroeste da Espanha.
Em sua loja e pela Internet, ele vendia roupas que divulgavam o Estado Islâmico e outra facção militante islâmica, a Harakat Sham al Islam, declarou o Ministério do Interior.
Entre as peças estavam camisetas com uma imagem estampada do refém britânico Alan Henning na iminência de sua decapitação nas mãos do Estado Islâmico no ano passado, ao lado de seu carrasco e da bandeira do grupo.
Imagens divulgadas pelo governo espanhol mostraram uma variedade de itens que o homem vendia, como moletons, bolsas e macacões infantis com slogans em árabe do Estado Islâmico ou do Harakat Sham al Islam.
Ele está sendo acusado de usar as redes sociais para disseminar propaganda islâmica e "desdenhar e humilhar vítimas do terrorismo jihadista", afirmou o ministério em um comunicado.
Segundo a pasta, só neste ano 47 pessoas acusadas de laços com a militância islamita foram presas na Espanha. O pior atentado terrorista na Europa aconteceu na Espanha em 2004, quando 191 pessoas morreram em ataques com bomba em trens de Madri.