JERUSALÉM (Reuters) - Sara, esposa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um acordo em um caso de fraude sobre o suposto uso indevido de fundos estatais para o fornecimento de refeições, disse a Rádio Israel nesta quarta-feira.
Pelo acordo, ela pagará ao Estado o equivalente a 45 mil shekels (12.400 dólares) de reembolso e uma multa de 10 mil shekels admitindo culpa por uma acusação menor, disse a reportagem.
Segundo o indiciamento original, Sara Netanyahu e um empregado do governo obtiveram do Estado, de maneira fraudulenta, mais de 100 mil dólares de refeições fornecidas por restaurantes, driblando regulamentos que proíbem a prática se houver um cozinheiro empregado em casa.
O acordo foi fechado graças a um processo de mediação de seis meses e entrará em vigor depois que for ratificado por um juiz, noticiou a rádio.
Um porta-voz da família Netanyahu se recusou a comentar, e procuradores não estavam disponíveis de imediato para comentar.
O próprio premiê está envolvido em problemas legais --três casos de corrupção nos quais nega irregularidades-- e uma crise política que pode forçá-lo a convocar uma nova eleição nacional ainda nesta quarta-feira.
Em fevereiro, o procurador-geral de Israel disse que pretende apresentar acusações de fraude e suborno contra Netanyahu aguardando uma audiência pré-julgamento. A sessão está marcada para outubro.
(Por Jeffrey Heller)