Por Michel Rose e Marine Pennetier
PARIS (Reuters) - Um novo capítulo foi aberto na acirrada eleição presidencial da França neste domingo, quando os Socialistas votam para escolher seu representante e os conservadores lutam para manter no caminho certo sua campanha afetada por escândalos .
As urnas abriram às 6:00 (horário de Brasília) na disputa primária que coloca o ex-primeiro ministro Manuel Valls contra o legislador esquerdista mais rígido Benoit Hamon pela chapa socialista.
François Fillon - escolhido como candidato conservador ano passado pelo seu partido Republicano, mas afetado pela acusação de um jornal de que sua mulher foi paga por um trabalho não executado - realizou por sua vez um comício nos arredores de Paris.
Hamon é favorito para vencer Valls na primária socialista, apesar de o resultado ainda ser incerto porque qualquer eleitor pode participar.
Até a metade do dia, o grande comparecimento que Valls havia pedido parecia provável, com meio milhão de pessoas participando da eleição primária, de acordo com os organizadores, já acima das 400 mil do primeiro turno na semana passada.
Nenhum dos dois tem muita chance de vencer a corrida presidencial, no entanto, depois de cinco anos de um impopular governo socialista.
Até o surgimento da questão envolvendo pagamentos a sua esposa, Fillon era favorito para assumir o palácio do Eliseu. Pesquisas de opinião mostravam que ele derrotaria a líder da Frente Nacional, de extrema direita, Marine Le Pen, na votação em 7 de maio com confortável vantagem de dois terços.
Desde então as pesquisas de popularidade mostraram ligeira queda dele, embora não tenha havido pesquisa sobre intenções de voto desde o surgimento do escândalo.