Por Verity Crane e Alissa de Carbonnel
LIÉGE, Bélgica/BRUXELAS (Reuters) - O Estado Islâmico reivindicou nesta quarta-feira a autoria do ataque realizado na véspera na cidade belga de Liége, quando duas policiais e um pedestre foram mortos, mas não forneceram nenhuma evidência.
O grupo militante disse em um comunicado online que um "soldado do califado" realizou o ataque classificado pela polícia belga de terrorista. O grupo já assumiu autoria anteriormente de atos similiares de "lobos solitários", frequentemente sem fornecer evidências.
Enquanto isso, autoridades belgas enfrentaram questionamentos sobre o que o porquê de o homem, um detento suspeito de ter relações com islamistas radicais na prisão, ter sido liberado por um dia. Ele foi morto pela polícia em uma escola perto do local.
O ministro do Interior, Jan Jambon, disse que as autoridades ainda estão examinando os motivos de Benjamin Herman, um traficante belga de 31 anos que esteve preso por anos, mas foi liberado por dois dias na segunda-feira para se preparar para uma eventual liberação em 2020.
Herman gritou "Allahu Akbar", a afirmação muçulmana de fé, durante seu ataque e havia tido contato com radicais islamistas na prisão em 2016 e no início de 2017.
Ele também pareceu ter seguido apelos online do Estado Islâmico para esfaquear policiais e usar suas armas para atirar em outros, disseram promotores.
Uma pessoa da equipe de limpeza da escola que se viu "frente a frente" com o assassino disse à rede RTBF que ele a poupou porque ela é muçulmana.
(Reportagem adicional de Robert-Jan Bartunek, AlastairMacdonald, Robin Emmott, Ali Abdelaty e John Davison)