BAGDÁ/BARTELLA (Reuters) - Combatentes do Estado Islâmico que haviam recuado diante de um ataque militar iraquiano de sete semanas contra seu forte em Mosul revidaram nos últimos dois dias, explorando o céu nublado que prejudicou o apoio aéreo liderado pelos Estados Unidos.
Em uma série de contra-ataques desde a noite de sexta-feira, os combatentes jihadistas atacaram tropas iraquianas de elite liderando a ofensiva no leste de Mosul. Também atacaram as forças de segurança ao sul e oeste da cidade.
Neste domingo, dois militantes tentaram atacar quartéis do exército na província ocidental de Anbar. Fontes da polícia e do exército disseram que eles foram mortos antes de chegarem à base.
Autoridades iraquianas dizem que continuam ganhando terreno contra os militantes que ainda detêm cerca de três quartos da maior cidade do norte do país.
Uma fonte militar disse que os militantes tinham retomado algum terreno, mas previu que seus ganhos seriam de curta duração. "Nós nos retiramos para evitar perdas civis e, em seguida, recuperar o controle. Eles não podem manter o território por muito tempo", afirmou.
Mas a resistência feroz significa que a campanha militar provavelmente se estenderá para o próximo ano enquanto busca recuperar uma cidade onde os jihadistas se escondem entre civis e usam uma rede de túneis para lançar ondas de ataques.
Isso tem desapertado temores entre os moradores e grupos de ajuda de uma crise no inverno, com falta de alimentos, água e abastecimento de combustível para os que seguem em áreas mantidas pelo Estado Islâmico na cidade.
(Por Saif Hameed e Ulf Laessing)