BEIRUTE (Reuters) - O Estado Islâmico atacou um vilarejo próximo da principal estrada entre Aleppo e Homs nesta quinta-feira, matando muitos moradores, informaram a mídia estatal da Síria e um grupo de monitoramento da guerra.
O grupo jihadista perdeu recentemente grandes faixas de território na Síria depois de uma rápida expansão em 2014 e 2015, e agora está sendo atacado por uma coalizão de milícias árabes e curdas apoiada pelos Estados Unidos, além do Exército, que tem auxílio da Rússia.
Entretanto, o grupo ainda realiza contra-ataques ocasionais, como um avanço veloz em dezembro para capturar Palmira, que controlou durante várias semanas antes de o Exército retomar a cidade.
Os insurgentes disseram em uma rede social que capturaram o vilarejo de Aqarib al-Safi, mas a agência de notícia estatal Sana disse que o ataque foi repelido.
A agência disse que combatentes do Estado Islâmico mataram 20 pessoas no vilarejo antes de o Exército e milícias aliadas os expulsarem. O grupo de monitoramento Observatório Sírio para Direitos Humanos informou que os confrontos ainda estão acontecendo na área e no vilarejo de Al-Saboura.
Segundo o Observatório, ao menos 34 pessoas, incluindo civis e combatentes dos dois lados, foram mortos e dezenas de pessoas ficaram feridas.
Muitas das pessoas que moram naquela região da Síria pertencem a uma seita derivada do islamismo xiita, e seriam consideradas pelo Estado Islâmico como infiéis. Em 2015, o grupo radical matou 46 civis em uma cidade próxima, disse o Observatório.
Sediado no Reino Unido, o Observatório disse que ao menos 15 dos mortos eram civis, sendo cinco crianças, e que três deles tiveram mortes semelhantes a execuções.
Os vilarejos se localizam ao norte de Al-Salamiya, perto da única estrada ainda utilizável entre Aleppo e outras partes da Síria controlada pelo governo.
(Reportagem de Angus MsDowall)