AMÃ (Reuters) - Militantes do Estado Islâmico reivindicaram nesta terça-feira responsabilidade pelo tiroteio em um castelo da época das Cruzadas na cidade de Karak, sul da Jordânia, no qual pelo menos nove pessoas, entre elas um turista canadense, foram mortas.
Um comunicado do Estado Islâmico informou que quatro combatentes do grupo realizaram a operação no domingo, que terminou com a morte deles. Autoridades jordanianas não disseram quem suspeitam que tenha realizado o ataque, embora fontes de segurança tenham afirmado que os agressores eram jordanianos.
A polícia jordaniana disse no final do domingo que mataram quatro "terroristas fora-da-lei" depois de expulsá-los do castelo onde se escondiam depois de um tiroteio que durou várias horas. Forças de segurança conseguiram resgatar cerca de 10 turistas sem ferimentos. Pelo menos 30 pessoas foram levadas ao hospital.
O ministro do Interior, Salamah Hamad, disse na segunda-feira que pelo menos cinco cintos com explosivos foram encontrados, juntos a um cartucho de munição, armas automáticas e explosivos em um esconderijo numa casa no deserto de Sataranah, 30 quilômetros a nordeste de Karak.
Os atiradores fugiram para Karak após uma troca de tiros com a polícia, disse Hamad. Baseado na quantidade de explosivos e armas, "não acho que o alvo era só o castelo de Karak, era mais", acrescentou. Ele não quis dar mais detalhes, sob o argumento de que fazer isso neste momento prejudicaria a segurança nacional.
A Jordânia tem ficado relativamente incólume aos levantes, guerras civis e militância islâmica que têm atingido o Oriente Médio desde 2011, mas mantém um elevado nível de vigilância.
No entanto, o país está entre os poucos Estados árabes que participam de uma campanha de ataques aéreos liderada pelos Estados Unidos contra militantes do Estado Islâmico que controlam territórios na Síria e no Iraque. Muitos jordanianos se opõem ao envolvimento do país, afirmando que isso levou à morte de muçulmanos e elevou as ameaças de segurança dentro da Jordânia.
(Reportagem de Suleiman Al-Khalidi em Amã e Mostafa Hashem no Cairo)