Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Um comitê da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas pediu nesta quinta-feira para Mianmar cessar suas operações militares que “levaram à violação sistemática e abuso de direitos humanos” de muçulmanos rohingya no Estado birmanês de Rakhine.
A ação retomou uma resolução da ONU que foi derrubada no ano passado por conta do progresso do país em direitos humanos.
O Terceiro Comitê da Assembleia Geral, que foca em direitos humanos, teve 135 votos a favor, 10 contra e 26 abstenções no projeto de texto que também pede para o secretário-geral da ONU, António Guterres, nomear um enviado especial para Mianmar.
Por 15 anos o Terceiro Comitê adotou anualmente uma resolução condenando o histórico de direitos humanos de Mianmar, mas no ano passado a União Europeia não apresentou um projeto de texto, citando progresso sob a liderança de Aung San Suu Kyi.
No entanto, nos últimos três meses mais de 600 mil muçulmanos rohingya fugiram para Bangladesh após o Exército de Mianmar começar uma operação contra militantes rohingya, que atacaram 30 postos de segurança e uma base militar no Estado de Rakhine em 25 de agosto.
Isto fez com que a Organização para a Cooperação Islâmica apresentasse um novo esboço de resolução na ONU, que agora será formalmente adotado pela Assembleia Geral de 193 membros no próximo mês. A resolução aprofunda pressão internacional, mas não possui consequências legais.