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ESTREIA–Aventura “Kong: A Ilha da Caveira” une nostalgia e efeitos especiais

Publicado 08.03.2017, 16:43
Atualizado 08.03.2017, 16:50
© Reuters. King Kong em cera do filme “Kong: A Ilha da Caveira” em exposição em Nova York

SÃO PAULO (Reuters) - Renovando a temporada de “filmes de monstros”, “Kong: A Ilha da Caveira”, de Jordan Vogt-Roberts, recicla o bom e velho King Kong, apresentando-o no maior tamanho até agora visto na tela (100 metros) e adaptando sua natureza para novos tempos.

Felizmente, desta vez, ao contrário do filme original, de 1933, e também do seu remake, em 1976, não há nenhuma oferenda de mulher para ele – na verdade, o Kong atual mostra afinidade pela única personagem feminina da trama, a fotógrafa Mason Weaver (Brie Larson), mas é uma empatia natural. Se ele demonstra logo de início um enorme poder de destruição, valorizado nas exibições em 3D, não é menos verdade que sua fúria se manifesta sempre com um propósito: a defesa de seu território.

Este localiza-se numa ilha ainda desconhecida no Pacífico, no ano de 1971. Um aventureiro, Bill Randa (John Goodman), consegue convencer um senador (Richard Jenkins) a apoiar uma expedição à tal ilha, alegando razões científicas e não mencionando nada sobre espécies animais avantajadas (de que Randa tem conhecimento).

Como as tropas norte-americanas estão se retirando do Vietnã, não é difícil conseguir um esquadrão militar para dar cobertura, chefiado pelo coronel Preston Packard (Samuel L. Jackson). A missão é integrada ainda por um rastreador britânico, James Conrad (Tom Hiddlestone), uma fotógrafa, Mason Weaver (Brie Larson), e alguns técnicos.

Desembarcando na ilha, sempre cercada por névoas e tempestades, em helicópteros militares, os viajantes são surpreendidos por um primeiro contato com o gorila gigante, que faz picadinho de alguns deles, como se fossem de brinquedo. Um primeiro encontro que desmonta toda a logística e separa o grupo em três ao longo da ilha, que esconde muitos outros perigos além do seu supersímio protetor.

Neste ecossistema peculiar, há outras espécies gigantes, como aranhas, iaques, polvos e lagartões carnívoros. Encontros fatais com estes animais fornecerão os sustos esperados desta aventura, que remete a um clima de filme B nostálgico dos anos 1930 mas com uma ambição de renovação que a aproxima de “Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros” – sem contar com uma história tão original quanto aquele filme de Steven Spielberg de 1993, que adaptava bestseller de Michael Crichton.

Ainda assim, o roteiro assinado por Dan Gilroy, Max Borenstein e Derek Connolly espalha algumas espertezas e referências ao longo do caminho, como em torno do personagem de Hank Marlow (John C. Reilly), e até dos nomes dos personagens: Conrad seria uma homenagem a Joseph Conrad, de No Coração das Trevas, e é impossível não pensar em Sigourney Weaver, a heroína de “Alien: O Oitavo Passageiro” (79), emprestando seu sobrenome à fotógrafa intrépida deste filme em que não há tempo para romance.

© Reuters. King Kong em cera do filme “Kong: A Ilha da Caveira” em exposição em Nova York

Um parentesco mais próximo de “Kong: A Ilha da Caveira” é com o mais recente “Godzilla” (2014). Uma cena final depois dos créditos sugere que vem mais monstros por aí. Fique até o final e saiba porquê.

(Por Neusa Barbosa, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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