Por Ben Hirschler
LONDRES (Reuters) - Pesquisadores anunciaram o lançamento de dois grandes estudos na África nesta quinta-feira para testar uma nova vacina anti-HIV e um remédio injetável de ação prolongada, alimentando as esperanças de formas de proteção melhores contra o vírus que causa a Aids.
O início do teste de três anos da vacina com 2.600 mulheres do sul africano significa que, pela primeira vez em mais de uma década, existem dois grandes testes clínicos de vacina anti-HIV em andamento ao mesmo tempo.
O novo estudo está testando uma combinação de duas vacinas desenvolvidas pela Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês) e a Fundação Bill & Melinda Gates. A primeira vacina, que também tem apoio dos NIH, começou a ser testada em novembro passado.
Simultaneamente, a unidade ViiV Healthcare da farmacêutica GlaxoSmithKline está iniciando outro estudo com 3.200 mulheres da África subsaariana para avaliar o benefício de dar injeções bimestrais de sua droga experimental cabotegravir.
A iniciativa da ViiV, que deve durar até maio de 2022, também conta com recursos dos NIH e da Fundação Gates.
As mulheres são um grande foco da luta contra a doença sexualmente transmitida, já que na África elas representam mais da metade de todas as novas infecções de HIV.
Embora os medicamentos modernos contra HIV tenham feito com que a doença passasse de uma sentença de morte a um mal crônico e tratamentos com remédios preventivos possam ajudar, uma vacina ainda é vista como crucial para reverter a pandemia.