Por Kanishka Singh
WASHINGTON (Reuters) - O Departamento de Estado dos Estados Unidos disse neste domingo que os cidadãos norte-americanos não devem viajar para o Iraque após os recentes ataques a tropas norte-americanas e a funcionários de governo na região.
O comunicado de viagem diz: “Não viaje para o Iraque devido ao terrorismo, sequestro, conflito armado, agitação civil e à capacidade limitada da Missão Iraque de fornecer apoio aos cidadãos dos EUA”.
Houve um aumento nos ataques contra as forças dos EUA no Iraque e na Síria desde o início do conflito entre Israel e os militantes do Hamas em Gaza. Na semana passada, um navio de guerra dos EUA abateu mais de uma dúzia de drones e quatro mísseis de cruzeiro disparados por Houthis, que têm apoio do Irã, a partir do Iêmen.
O comunicado foi divulgado após a saída ordenada de familiares e funcionários não-emergenciais do governo dos EUA, da Embaixada em Bagdá e do Consulado Geral dos EUA em Erbil "devido ao aumento das ameaças à segurança contra o pessoal e os interesses dos EUA", disse o Departamento de Estado em um comunicado.
Washington está em alerta máximo por conta da atividade de grupos apoiados pelo Irã, à medida que as tensões regionais aumentam durante a guerra Israel-Hamas, que começou depois de o grupo islâmico palestino ter atacado Israel em 7 de Outubro, matando mais de 1.400 pessoas.
Desde então, Israel retaliou com ataques aéreos mortais em Gaza, matando mais de 4.700 pessoas, segundo autoridades palestinas.
“Por questões de segurança, os funcionários do governo dos EUA em Bagdá estão instruído a não usar o Aeroporto Internacional de Bagdá”, disse o Departamento de Estado no domingo.
Os Estados Unidos enviaram uma quantidade significativa de poder naval para o Oriente Médio nas últimas semanas, incluindo dois porta-aviões, os seus navios de apoio e cerca de 2.000 fuzileiros navais.
(Reportagem de Kanishka Singh em Washington)