WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos ainda não mandará equipe de volta à embaixada do país em Havana, disse à Reuters uma autoridade norte-americana em meio à preocupação sobre o que Washington tem chamado de ataques que levaram duas dúzias de diplomatas a adoecerem.
A autoridade falou em condição de anonimato antes de audiência do sub-comitê de relações internacionais do Senado nesta terça-feira, que era sobre como o Departamento de Estado dos EUA tem lidado com tais problemas de saúde.
Três autoridades do Departamento testemunharam na audiência presidida pelo senador republicano Marco Rubio, um americano de origens cubanas e forte crítico do governo comunista de Cuba.
Mesmo que os Estados Unidos não acusem formalmente o governo cubano de ser responsável pelos problemas de saúde que afetaram 24 diplomatas americanos e suas famílias nos últimos 18 meses, o presidente Donald Trump disse que Havana é culpada.
Cuba negou todas as acusações.
O governo dos EUA afirma que as vítimas sofreram perdas auditivas, tonturas, fadiga e problemas cognitivos. Washington reduziu sua equipe na embaixada para o mínimo necessário em setembro.
Depois de décadas de hostilidade entre os EUA e Cuba, a embaixada norte-americana foi reaberta em 2015 como parte dos movimentos do ex-presidente Barack Obama e do presidente cubano, Raúl Castro, para reatar os laços entre os países.
As relações têm ficado mais tensas desde que Trump assumiu no ano passado, com a nova administração dizendo que Obama fez muitas concessões para Havana e revertido algumas das medidas tomadas durante a reaproximação.
(Reportagem de Arshad Mohammed e Doina Chiacu)