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EUA atacam grupo radical no Iraque após pedido de Obama para evitar "genocídio"

Publicado 08.08.2014, 18:36
EUA atacam grupo radical no Iraque após pedido de Obama para evitar "genocídio"

Por Raheem Salman e Isabel Coles

BAGDÁ/ARBIL, Iraque (Reuters) - Aviões de guerra dos Estados Unidos bombardearam combatentes islâmicos a caminho da capital do Curdistão iraquiano nesta sexta-feira depois que o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que Washington deve agir para evitar um "genocídio".

Os combatentes do Estado Islâmico, que decapitaram e crucificaram prisioneiros na sua ânsia de erradicar descrentes, chegaram perto de Arbil, capital da região curda do Iraque e pólo industrial de empresas norte-americanas.

O grupo ainda assumiu o controle da maior represa iraquiana, confirmaram autoridades curdas nesta sexta-feira, o que pode permitir ao grupo inundar cidades e interromper parte do suprimento de água e energia.

O secretário de imprensa do Pentágono, contra-almirante John Kirby, disse que dois caças F/A-18 de um porta-aviões localizado no Golfo Pérsico lançaram bombas teleguiadas de 500 libras contra uma peça de artilharia móvel usada pelos combatentes para bombardear forças que defendem Arbil.

Na tarde desta sexta-feira, o Pentágono informou em comunicado que o Exército norte-americano realizou mais dois ataques aéreos contra as forças do Estado Islâmico perto de Arbil.

Um veículo aéreo não-tripulado, também conhecido como drone, atacou uma posição de lançamento de morteiro, e jatos F/A-18 alvejaram um comboio e um local de disparo de morteiros, acrescentou um comunicado do Pentágono.

Obama autorizou o primeiro ataque aéreo dos EUA no Iraque desde que retirou todas as tropas em 2011, argumentando ser preciso agir para deter o avanço do Estado Islâmico, proteger norte-americanos e salvaguardar centenas de milhares de cristãos e membros de outras minorias religiosas que fugiram para salvar suas vidas.

Os EUA também começaram lançamentos aéreos de suprimentos de emergência a membros da etnia Yazidi, dezenas de milhares dos quais estão em uma montanha deserta para evitar os combatentes, que ordenaram que eles se convertam ou morrerão.

O Departamento de Estado norte-americano disse que aviões lançaram 72 cargas com mantimentos, incluindo oito mil refeições prontas para consumo e milhares de litros de água potável.

"No início desta semana, um iraquiano na região gritou ao mundo ‘não há ninguém vindo ajudar'", declarou Obama em um discurso à nação televisionado na noite de quinta-feira. "Bem, hoje os Estados Unidos estão chegando para ajudar."

"Podemos agir de forma cuidadosa e responsável para evitar um potencial ato de genocídio."

A Casa Branca afirmou nesta sexta-feira que os ataques irão durar enquanto a situação da segurança exigir.

O Estado Islâmico se mostrou desafiador. Um combatente disse à Reuters por telefone que o ataque aéreo dos EUA "não terá impacto sobre nós".

O avanço dos militantes sunitas, que também controlam um terço da Síria e lutaram no Líbano nesta semana, disparou o alarme no Oriente Médio e ameaça desmembrar o Iraque, país já dividido entre xiitas, sunitas e curdos.

Os ataques aéreos norte-americanos estimularam reações em fóruns jihadistas on-line pedindo ataques contra os EUA e os interesses petrolíferos no Golfo. "Os mujahideen precisam se esforçar... para disciplinar os EUA e seus soldados criminosos", dizia uma mensagem no fórum jihadista Shumukh al-Islam, segundo o serviço de monitoramento SITE.

© Reuters. Foto de divulgação de inspeções finais no jato F/A-18C Hornet

Em Bagdá, onde os políticos estão paralisados pelas disputas internas enquanto o Estado se desfaz, o principal clérigo xiita exigiu a renúncia do primeiro-ministro, Nuri al-Maliki, uma intervenção ousada que poderia derrubar o veterano governante.

Um porta-voz humanitário da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que cerca de 200 mil pessoas que fogem do avanço dos islâmicos chegaram à cidade de Dohuk, no rio Tigre, no Curdistão iraquiano e em áreas próximas da província de Nínive. Dezenas de milhares fugiram mais para o norte, rumo à fronteira com a Turquia, disseram autoridades turcas.

(Reportagem adicional de Isabel Coles, em Arbil; de Michael Georgy, em Bagdá; de Michael Shields, em Viena; de Bill Trott e Missy Ryan, em Washington; e de Mariam Karouny, em Beirute)

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