Por Abdul Qadir Sediqi e Idrees Ali
CABUL/WASHINGTON (Reuters) - As Forças Armadas dos Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira que uma aeronave E-11A caiu na província de Ghazni no Afeganistão, mas uma versão distinta dá conta de que o Talibã teria derrubado o avião militar.
Autoridades afegãs disseram à Reuters que haviam disponibilizado equipes locais para localizar e identificar os destroços do acidente, que aconteceu em uma área montanhosa controlada parcialmente pelo Talibã.
"Embora a causa do acidente ainda esteja sendo investigada, não há indicações de que o acidente tenha sido causado por fogo inimigo", disse o porta-voz das Forças Armadas dos EUA Coronel Sonny Leggett em nota.
A aeronave militar, fabricada pela Bombardier, é usada para disponibilizar capacidades de comunicação em localizações remotas.
Os militares não informaram quantas pessoas estavam a bordo do avião, ou se alguém havia morrido no episódio.
Autoridades dos EUA, falando em condição de anonimato, disseram que menos de cinco pessoas estavam a bordo do avião no momento da queda. Um oficial disse que, de acordo com informações iniciais, duas pessoas estavam no avião.
Fotos e um vídeo apareceram nas redes sociais supostamente filmados no local do acidente mostravam o que parecia ser os destroços de uma aeronave Bombardier E-11A. A Reuters não conseguiu verificar as imagens.
"O avião, que estava em missão de inteligência, foi derrubado na área de Sado Khel do distrito Deh Yak, na província de Ghazni", disse Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã, em comunicado.
Mujahid não disse como os guerrilheiros teriam derrubado o avião. Ele afirmou que a tripulação a bordo incluía oficias de alta patente dos Estados Unidos. Uma autoridade de Defesa dos EUA negou que oficiais americanos de alta patente estivessem envolvidos.
O Talibã controla grandes partes da província de Ghazni. O grupo militante, que trava uma guerra contra forças lideradas pelos EUA desde 2001, costuma exagerar nos números de baixas de seus inimigos.
(Reportagem de Abdul Qadir Sediqi em Cabul e Idrees Ali em Washington; Reportagem adicional de Rupam Jain, Hamid Shalizi, Phil Stewart)