Por William James
LONDRES (Reuters) - Os Estados Unidos devem manter opções militares na mesa ao lidar com a Coreia do Norte, mas não querem usá-las a não ser que seja necessário, disse o presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, Paul Ryan, durante visita nesta quarta-feira ao Reino Unido.
O presidente dos EUA, Donald Trump, adotou uma linha dura com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, que rejeitou advertências da China e continuou com programas nuclear e de mísseis, vistos por Washington e outros como uma ameaça direta.
“Permitir que este ditador tenha este tipo de poder não é algo que nações civilizadas podem permitir que aconteça... é claro que nós não queremos empregar opções militares, mas temos que manter todas as opções na mesa”, disse quando perguntado se o governo dos EUA estaria disposto a lançar bombas na Coreia do Norte.
Ryan disse ter sido encorajado pelos resultados de esforços em trabalhar com a China para reduzir tensões, mas que é inaceitável que a Coreia do Norte talvez possa conseguir atacar aliados com armas nucleares.
Em uma ampla sessão de perguntas e respostas em evento organizado pelo instituto político Exchange, Ryan também disse querer “engrenar” sanções no Irã, mas acredita que um acordo nuclear feito em 2015, e previamente criticado por Trump, irá continuar ativo.
“Há muitas coisas que o Irã está fazendo por fora deste acordo: proliferação de terrorismo, armas, violação de testes de mísseis – nestas coisas devíamos aplicar sanções”, disse.
O governo Trump informou na terça-feira o lançamento de uma revisão entre agências sobre se levantar sanções contra o Irã está nos interesses de segurança nacional dos EUA, enquanto reconhecia que Teerã estava cumprindo com o acordo de conter seu programa nuclear.