Por Phil Stewart e Robin Emmott
BRUXELAS (Reuters) - Os Estados Unidos pressionaram aliados nesta quinta-feira para que contribuam mais para a campanha militar liderada pelos norte-americanos contra o Estado Islâmico, dizendo que a ação precisa ser acelerada independentemente do desfecho dos esforços diplomáticos para encerrar a guerra civil na Síria.
O secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, deve iniciar conversas na tarde desta quinta-feira em Bruxelas com mais de duas dezenas de ministros da Defesa, incluindo da fundamental Arábia Saudita, que cogitou enviar forças especiais à Síria.
A iniciativa de Carter surgiu um dia depois de a França repreender o presidente dos EUA, Barack Obama, exigindo que Washington demonstre um comprometimento mais claro com a resolução da crise síria, onde a Rússia está fazendo a balança se inclinar a favor do presidente sírio, Bashar Al-Assad.
As conversas acontecem no momento em que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, leva a cabo um esforço diplomático em Munique para salvar as tratativas de paz, que estão ameaçadas mas seguem adiante apesar dos bombardeios russos, concebidos para fortalecer as forças sírias nos arredores da cidade de Aleppo.
Carter, que falou os repórteres antes das conversas, procurou diferenciar os esforços militares e diplomáticos.
"Nosso foco agora será nos opormos ao Estado Islâmico, e essa campanha seguirá em frente porque o Estado Islâmico precisa ser derrotado, será derrotado, aconteça o que acontecer na guerra civil síria", afirmou Carter aos jornalistas.
"Mas certamente ajudaria a enfraquecer o extremismo se a guerra civil síria chegasse ao fim".
Os EUA esperam que o encontro face a face entre os ministros da Defesa da coalizão permitam a Washington garantir mais apoio para uma campanha militar que pretende retomar Raqqa, na Síria, e Mosul, no Iraque, que são bastiões do Estado Islâmico.
(Reportagem adicional de Sabine Seibold)