Por Idrees Ali
WASHINGTON (Reuters) - As forças militares dos Estados Unidos informaram ter matado mais de 100 militantes islâmicos na Somália nesta terça-feira quando realizaram um ataque aéreo contra o al Shabaab, um grupo insurgente ligado à al Qaeda e que busca derrubar o governo apoiado pela Organização das Nações Unidas.
O Comando dos Estados Unidos para a África informou que o ataque foi realizado em um acampamento a 200 quilômetros da capital, Mogadíscio, e que os EUA irão continuar mirando militantes.
O ataque foi feito em coordenação com o governo federal da Somália, segundo o Pentágono.
Ataques aéreos dos EUA matando um número tão alto de militantes na Somália são raros, mas não inéditos. Em março de 2016, um ataque aéreo norte-americano matou mais de 150 combatentes do al Shabaab na Somália.
A agência de notícias estatal da Somália, Sonna, relatou posteriormente nesta terça-feira que “cerca de 100 militantes” foram mortos quando aviões dos EUA e soldados somali atacaram bases do al Shabaab na área de Bur Elay, na região de Bay.
O porta-voz do al Shabaab, Abdiasis Abu Musab, negou o ataque. “Isto é somente propaganda”, disse à Reuters na Somália.
O al Shabaab luta para derrubar o governo federal de transição da Somália, apoiado pelo Ocidente, e impor seu próprio regime no país do Chifre da África.
Mais cedo neste mês, os EUA alertaram sobre uma ameaça a seus funcionários diplomáticos em Mogadíscio e direcionaram todos os funcionários não essenciais a deixarem a capital.
O al Shabaab perdeu controle da maior parte das cidades da Somália desde que foi afastado de Mogadíscio em 2011, mas o grupo ainda possui uma forte presença em partes do sul e do centro e realiza ataques a tiros e bombas.