Por Simon Lewis e Humeyra Pamuk
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos avaliaram que membros das forças russas cometeram crimes de guerra na Ucrânia, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, nesta quarta-feira, acrescentando que a conclusão de Washington se baseava em uma “revisão cuidadosa” de informações disponíveis de fontes de inteligência e do público.
Blinken disse que havia “muitos relatos críveis de ataques indiscriminados e deliberados contra civis, assim como outras atrocidades” das forças russas na Ucrânia, especificando ataques contra a cidade sitiada de Mariupol.
A Rússia nega estar mirando contra civis.
Em comunicado, Blinken afirmou que os Estados Unidos continuarão a rastrear relatos de crimes de guerra e compartilharão as informações que reunirem com aliados e instituições internacionais. Um tribunal será no fim responsável por determinar qualquer suposto crime, disse.
“Estamos comprometidos na busca por responsabilização usando todas as ferramentas disponíveis, incluindo processos criminais”, disse Blinken.
O presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou semana passada que o presidente russo, Vladimir Putin, era um “criminoso de guerra” por ter atacado a Ucrânia, o que o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse em comunicado ser uma declaração “indigna de um estadista de tão alto escalão”.
Investigadores do Tribunal Penal Internacional começaram no início deste mês a buscar possíveis crimes de guerra na Ucrânia. Washington disse que aprovava essa decisão, embora não tenha deveres de cooperação porque não é membro da corte.
(Reportagem de Rami Ayyub, Simon Lewis e Humeyra Pamuk)