Por Christine Kim
SEUL (Reuters) - O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, disse nesta segunda-feira que os Estados Unidos e a Coreia do Norte deveriam ceder mais para poderem conversar e tentar resolver um impasse nuclear, um dia depois de Pyongyang expressar sua disposição para o diálogo.
A Coreia do Sul vem realizando uma série de reuniões com autoridades norte-coreanas desde janeiro, e espera melhorar as relações usando a recém-concluída Olimpíada de Inverno como catalisadora de uma reaproximação.
A Coreia do Norte está desenvolvendo mísseis com ogiva nuclear capazes de atingir o território continental dos EUA. O presidente norte-americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, trocaram provocações cada vez mais agressivas antes de uma amenização de tensões coincidente com os Jogos, para os quais Pyongyang enviou atletas e delegados.
"Recentemente a Coreia do Norte mostrou estar aberta a se envolver ativamente com os Estados Unidos em conversas, e os Estados Unidos estão falando sobre a importância do diálogo", disse Moon durante uma reunião com a vice-primeira-ministra chinesa, Liu Yandong, em Seul.
"Existe a necessidade de os Estados Unidos diminuírem as exigências para conversas com a Coreia do Norte, e a Coreia do Norte deveria mostrar que está disposta a se desnuclearizar. É importante que os Estados Unidos e a Coreia do Norte se reúnam rapidamente", afirmou, de acordo com um comunicado de seu escritório.
Em agosto Trump ameaçou ir além das sanções usando "fogo e fúria como o mundo nunca viu", mas seu governo vem repetindo que prefere uma solução diplomática.
Pyongyang prometeu jamais abdicar de seu programa nuclear, que desenvolve em desafio ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).